FASCINANTE

09/03/2014

Dialogar antes de Discutir

Com toda certeza, diálogo é a base para qualquer tipo de entendimento.
Mas há que ser um diálogo dialogado, e não monologado...
Ósculos e amplexos,
Marcial
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Algo que ninguém pode discutir, é o fato de que em qualquer tipo de relacionamento, seja amoroso, seja de amizade, seja entre pais e filhos, basta que haja pessoas envolvidas, a base de tudo foi, é, e sempre será o diálogo. É importante que haja entendimento entre as partes, e este só poderá ser conseguido se houver diálogo.
A verdade é que muitas vezes nos calamos ante certas situações que nos causam desconforto, ao invés de procurar acertar as coisas, ou ao menos tentar um entendimento. É certo que existem situações que não existe possibilidade de diálogo. Chegando-se a essa encruzilhada, a melhor opção é mudar de rumo, e até mesmo silenciar, para que não se degenere em discussão e em briga, eis que se não houver possibilidade de entendimento, é o fim do diálogo. É o fim da harmonia do entendimento.
Muitas vezes, o silêncio é a melhor arma para evitar-se discussões estéreis, ou infindáveis polemicas. Vejam a mensagem que me foi passada por L’Inconnu:
"Pior do que uma voz que cala, é um silêncio que fala".
Nessas ocasiões, o silêncio diz verdades irrefutáveis. Diz que não desejamos mais falar sobre o assunto, diz que toda e qualquer possibilidade de diálogo chegou ao fim. Diz que é um rompimento definitivo. Verdade seja dita, em certos casos, o silêncio é um autêntico grito de alerta, dizendo um basta para discussões estéreis. Ele nos fala tantas coisas, nos faz repensar sobre atitudes que vínhamos tomando, e até mesmo possibilita um retorno a um diálogo depois que as coisas esfriarem. Essa a importância do diálogo, mantê-lo até onde for possível, e retoma-lo quando for possível novamente.
Nem a discussão, nem o silêncio falam de perdão, falam de nova chance, mas o diálogo retomado, abre perspectivas para tudo. Devemos portanto, saber usar o silêncio para quebrar um clima de discussão, para evitar que a situação se agrave, e para que se possibilite uma análise da questão, verificando-se se será possível reatar-se o elo rompido.
Com certeza, é preciso saber interpretar os silêncios, nem sempre os considerando como fim de tudo, mas como uma trégua a ser observada, para que os ânimos esfriem. Devemos usa-lo quando o diálogo está tomando o perigoso rumo da discussão, quando ambas as partes permanecem firmes em seus pontos de vista, ao invés de procurar um meio termo compatível, pois esse pode ser considerado o diálogo do silencio. A chamada pausa para meditação.
Realmente não é fácil calar-se quando a discussão começa a ficar acesa. E como é importante saber faze-lo, sobretudo quando alguém tenta nos provocar, tentando polemizar certas situações.
Quando simplesmente, por quaisquer razões, tentam nos “chamar para a briga”, (empregando um termo de minha infância longínqua), devemos saber evitar essa provocação gratuita, pois muitas vezes, perdemo-nos em questões estéreis que a nada nos vão levar, apenas em função de um temperamento polemizador. Ainda podemos tentar um diálogo, indagando o porque dessa provocação, mas a melhor resposta que poderemos dar, ainda e sempre será o silêncio, para que ambos os lados possam repensar e reavaliar situações.
Dizem que “da discussão nasce a luz”, mas também grandes brigas bem iluminadas. A luz poderá nascer de um diálogo ponderado, em que ambas as partes possam se explicar, sem que estejam com o espírito prevenido, mas simplesmente ambas, dispostas a falar e a ouvir. Desse diálogo poderá surgir um acerto, ou não, mas de um jeito ou de outro, será algo amigável, acertado civilizadamente.
E uma das maneiras de sempre resolver as coisas ponderadamente, através de um diálogo amigável e gostoso, é tendo UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry



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