Carinho e
consideração não devem ser apenas duas palavras...
São
sentimentos que devem caminhar paralelamente...
Juntamente
com a sinceridade...
Osculos e
amplexos,
Marcial
*****
Certamente carinho e consideração
são coisas para serem levadas a sério, jamais podendo ser apenas palavras que
se jogam ao léu, mas devem representar atitudes que fazem a vida ser bem
vivida, e assim, não é apenas o ato físico de se acarinhar alguém que pode ser
chamado de carinho.
Mais importante do que o carinho físico,
é o carinho moral. É aquele apoio certo dado na hora certa, quando dele se
necessita, e quando ao carinho, se junta a consideração, a sinceridade, a
reciprocidade, e é importante que ambos caminhem juntos, e pode-se dizer que
existem de fato, quando o carinho é sincero, e, nesse caso, claro que tem haver
a consideração em igual dosagem.
É muito fácil fazer carinhos, mas para
que realmente sejam sentidos, é necessário
que exista um real sentimento de afeição, de amizade, o que é mesmo mais
importante do que o amor propriamente dito, principalmente quando esse amor é
um amor possessivo, egoísta, quando nos sentimos mais proprietários do que
parceiros, quando não admitimos que o objeto de nosso amor tenha qualquer
sentimento de carinho para com outras pessoas. Quando o relacionamento está
nesse nível, os carinhos feitos não são sentidos com sinceridade. Um carinho
para ser sincero, tem que passar a idéia de que o estamos fazendo apenas para
agradar a quem amamos, e não com a idéia de marcar a posse, de mostrar que
“somos donos de seu corpo e de sua vontade”.
Realmente não é por aí. O amor para ser
bem vivido e sentido, não pode ser exclusivista. Temos que admitir que a pessoa
que amamos, também pode ter sentimentos de amor ou de amizade para com outras
pessoas. Temos que saber dividir, pois existem diversos tipos de amores. E o verdadeiro amor não prende, pelo
contrário, deixa o sentimento de liberdade, pois o mais importante não é “termos”
o amor de alguém, mas sim, de “sentirmos” esse amor, ou ainda, de “sermos” o
amor desse alguém a quem amamos.
De sentirmos que nossa companhia é-lhe
agradável, que nosso amor é desejado,
que nossos carinhos são bem recebidos. Jamais poderemos exigir a reciprocidade
de nosso amor, mas sim esperar que nosso amor seja correspondido.
Precisamos saber conquistar esse amor, e
antes de tudo, saber conquistar sua amizade, seu carinho, sua confiança. Saber respeitar seu espaço, para que o nosso
também o seja. Essa é a real base para que o amor perdure, para que o
relacionamento seja não só duradouro, mas também prazeroso. De que nos valerá ter uma companhia que
apenas nos teme, ou que não nos deseja realmente? De que nos valerá saber que
esse alguém a quem amamos apenas “está” a nosso lado, mas não sente prazer em
nossa companhia? De que nos valerá ter
essa posse transitória de um corpo, quando a alma está longe?
É importante lembrar uma mensagem de
L’Inconnu sobre esse assunto:
"Viva e deixe viver... É mais
importante conceder o direito à vida e ao espaço, do que impormos o nosso...
Permita que sua parceria respire em liberdade, e o ar ficará mais puro e mais
agradável para ser respirado em conjunto...”
Quando conseguirmos conquistar a amizade
e a confiança, estaremos prontos para conquistar o amor desejado. Quando soubermos respeitar o espaço e os
direitos de liberdade de quem amamos, estaremos prontos para obter a
reciprocidade de nosso amor.
Quando, finalmente, soubermos que os carinhos
que fazemos estão sendo realmente sentidos, e que existe um sentido de
consideração de parte a parte, estaremos prontos para viver um amor por muito
tempo, cumprindo o famoso “até que a morte nos separe...”
É com este sentimento da mais sincera amizade,
e com um carinho na alma, que desejo a todos UM LINDO DIA.
Marcial
Salaverry
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