Nossa vida é regida pelo
Destino,
ou será que nos é
fazemos nosso Destino?
São certas dúvidas sobre
o destino de nosso Destino...
Osculos e amplexos,
Marcial
******
São dúvidas pertinentes, e que chegam a ser
impertinentes, sobre o que poderá ser nosso Destino, pois muito já se falou
sobre o que pode ser, e como se pode rege-lo, mas até agora ainda não vi nenhuma
conclusão defibitiva sobre o assunto em pauta.
Existe uma versão que diz ser nosso
destino traçado no momento em que nascemos, e não existe nada que poderá
modificá-lo. Neste caso, sugiro que
todos devemos nos dirigir para o local mais confortável possível, e que lá
fiquemos sentados quietinhos, esperando que ele se cumpra. Se já foi traçado, e se nada pode
modificá-lo, é só esperar o barco da vida ancorar e tudo terminar placidamente.
Existe uma outra versão que afirma que o destino
está totalmente em nossas mãos, e que nós é que devemos moldá-lo a nosso bel
prazer. Aqui existe alguma coerência, mas existem controvérsias pois existem
fatores diversos, muitas vezes trazendo fatos que nos obrigam a desviar de
nossa meta, e que podem modificar o destino de nosso Destino...
Não será este fato provocado pela inexorabilidade
do destino e que estamos tentando modificar? Então ele reage, como que
mostrando que nosso caminho não é aquele, mas outro, o que nos
leva a um consenso, pois realmente existe algo de digamos,
pré-determinado na coisa toda. Vocês
podem notar que muitas vezes somos como que "empurrados" para
determinados caminhos. Podemos reagir
contra essa tendência, mas após algumas voltas, eis que o mesmo caminho surge
novamente, como que a dizer: Ainda está
em tempo...
Existe também nosso livre arbítrio, pelo qual
podemos escolher como reger nosso Destino.
Entendo estar na conjunção das duas idéias, o porque de algumas pessoas
conseguirem sucesso na vida, e outras não.
Ou seja, aquelas cujo livre arbítrio esteja "em sintonia" com
o destino, desenvolvem seu trabalho, suas aptidões da melhor maneira possível,
ao passo que aqueles que "forçaram" a barra, encontram mais
dificuldades.
O que realmente é difícil é chegar-se a essa
"conjunção", pois nem sempre conseguimos "enxergar" ou
"entender" o tal do destino. Chega-se a levar quase que uma vida
inteira para entender o que desde o início estava à nossa frente, e não
víamos.
Coisa muito parecida aconteceu comigo. Levei 62 anos para entender a coisa. A
necessidade de ganhar a vida, o sustento da família, são fatores que muitas
vezes nos impedem de enxergar o que está bem ali, na ponta do nariz.
Algo que desejo tentar passar para os mais jovens,
é que saibam ler dentro de si, procurem saber entender sua real vocação, não se
deixando levar pelo que outros achem ser o melhor para vocês.
Conseguindo enxergar seus talentos, e
desenvolvê-los, é meio caminho andado para o sucesso. O outro meio caminho vai
depender de sua determinação, de sua real vontade de "chegar
lá".
Não se esqueçam de que, se conseguirmos nos
entender com o destino, temos que usar também nosso livre arbítrio, nossa
vontade para ajudar o destino a se cumprir.
Não depende só de nós, nem depende só dele, mas sim
da combinação das duas coisas, de encontrar o caminho, e de lutar para
percorrê-lo.
Só para finalizar, quero transcrever um recado
deixado por João Freire Filho, grande poeta carioca:
"Por tanto que me tem dado, pelo riso e
pelo pranto,
Destino, muito obrigado, nem sei se mereço
tanto".
Este, sem dúvida, foi um que soube encontrar seu
destino, e lutar por ele.
O destino me reservou uma missão para hoje, desejar
a vocês todos
UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry